quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Sobre a vida em Paris.

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O primeiro mês de Paris chega-se ao fim. Como passa. Já consigo perceber que o frio não é algo tão assustador assim, e que é possível andar de shortinho com uma temperatura de 2º. Já consigo me dar conta que sou capaz de muitas coisas, inclusive abrir uma conta num banco local falando somente francês e sozinha. Também já posso entender que se algo não foi resolvido hoje, eu não preciso me desesperar: Existe um dia, um local e um horário agendado e nada mais pode ser feito além de esperar. Aliás, sim, muita coisa pode ser feita enquanto espero: Percebi que posso passear à vontade, embora o tempo da metrópole seja acelerado, embora o custo de vida seja alto, mas há liberdade; Liberdade para andar, pois, com exceção dos compromissos agendados e incanceláveis, eu posso cronometrar o meu próprio tempo, slow down, devagar, com calma. Sim, já posso me acalmar. O tempo agora é de outono, de andar mais lento, de sentir o vento gelado no rosto sem se preocupar com o que vem após. E de adentrar as ruas depois de já se ter estudado os mapas, os trajetos e as rotas. Agora já posso, agora já estou firme.

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